terça-feira, 8 de agosto de 2017

Lisboa...




Lisboa me soou familiar, como uma tia que visitava na infância, com seus doces gostosos, sua casa velha, os crochês sobre as mesas e poltronas. A comida cheirosa servida em pratos antiquados, o vinhos em taças inapropriadas e o som dos parentes a conversar sobre os velhos tempos.

Me lembrou dos domingos na casa da avó, que nos enchia de guloseimas para depois nos pedir silencio na hora da sesta. E do tio-avô que primeiro me amedrontava pela carranca sisuda e tão séria,  e que logo aos primeiros goles de vinho, soltava largas risadas, alegre e carinhoso. Lembrei da família quase portuguesa de minha mãe.

Lembrei também de Porto Alegre, onde eu nasci, e mais ainda de Imbituba, cidade onde escolhi viver, quase sem querer.

Reconheci em Lisboa as ruas do Rio de Janeiro, ou de São Paulo, Ouro Preto mas muito mais as calçadas da Barra de Ibiraquera que estreitam assim, sem aviso, bem como as calçadas de Alfama.